sábado, 26 de maio de 2007

O "péssimo" hábito de falar palavrão


Algumas pessoas reclamam, sempre dizendo que falo muito palavrão, mas quer saber de uma coisa? Falo palavrão porque tenho boca oras bolas...

Falo palavrão porque tenho uma boca livre – no sentido completo da palavra – liberta de qualquer puritanismo ou falso moralismo.

Falo palavrão porque me identifico com eles e me sinto bem mais leve quando consigo me expressar desse jeito.

Falo palavrão por que tenho uma boca louca, que solta palavras, palavras sem dono.

Andei refletindo e descobri por que gosto tanto de dizê-los por aí, me sinto mais leve!!! E você aí, sabe por quê? Porque escuto tanta asneira o dia inteiro, tanta gente que poderia ficar calada – que estaria fazendo um favor para o mundo – mas insiste em falar, e falar bobagem, o que na minha opinião, é ainda pior - daí não agüento, né?! Tenho que desabafar falando umas coisas que a meu ver soam como uma bela melodia, mas que alguns conservadores e preconceituosos de plantão insistem em dizer que é feio. Ah, para... Não agüento tanto hipocrisia gente! Tentemos aqui, entre amigos, sermos mais verdadeiros...

Pra citar um exemplo, cheguei um dia desses numa reunião, do PT, onde estavam os intelectuais do mundo todo (aqueles que se acham) – com todo o respeito. E já cheguei chutando o pau da barraca, ou seja, falando várias coisas que vinham acontecendo, das quais eu discordava muito, e consequentemente, soltando vários palavrões, daí chega uma pessoa, ao final da reunião e fala para mim: - Nossa um mocinha tão bonita que quando abre a boca fala tantos palavrões... Então, eu quase pra soltar outro palavrão na frente da galera, olhei pra ela (pessoa) com uma cara bem falsa e disse: - Fica aí falando que é de esquerda e não consegue se libertar desses preconceitos... “Assim não pode, assim não dá.” Virei às costas e fui... (Sem falar mais palavrões)

Está na hora desse povo com quem convivemos mostrar as caras, não acham? Não adianta ficar aí o tempo inteiro dizendo que é comunista, socialista, de esquerda ou progressista, se as práticas são altamente atrasadas, práticas de pessoas conservadoras e reacionárias – de verdade.

É fácil fazer discursos, é fácil dizer que quer um mundo melhor, mas o que estou fazendo por um mundo melhor, livre de preconceitos? Será que escrevendo textos, me passando por intelectualmente superior, “blablazando” o dia inteiro e se reunindo a cada dois dias para discutir o dia das próximas reuniões vamos conseguir realmente mudar pelo menos a nossa realidade? Ah meus caros, creio que não. É preciso muiiito mais que isso e as atitudes começam todos os dias, sempre, a toda hora, em todos os lugares. Ás vezes pensando antes de falar e de agir, e outras vezes refletindo sobre as ações – já praticadas – e repensando numa possível mudança real.

Um dia desses cheguei na escola da Juju, filhota, de apenas 4 anos e uma amiguinha dela, que tem 1 ano a mais que ela falou um palavrão, daqueles grandões, que você ate fica meio sem graça diante da situação, mas por que fiquei chocada com isso? Logo eu? Que luto contra qualquer tipo de discriminação, pensei e repensei e logo vi o que tinha acontecido, os adultos tem uma mania, muito egoísta por sinal, de acharem que eles podem tudo e as crianças não podem nada. Falo isso porque sou assim também... Mas isso, a meu ver, é muito autoritário, até por que todos nós só começamos a reproduzir as palavras quando já a ouvimos muitas vezes. Então, diante dessa situação e da minha reflexão, pensei, tá certa a menina, já ouviu isso por aí um montão, sentiu vontade, falou (simples assim), talvez nem soubesse o que estava dizendo. E foi falado por ela de maneira tão natural que ficou até bonitinho... hehehe

Ele, o palavrão, está presente nas nossas vidas desde muito cedo, e cada vez mais. É cada vez mais comum ver crianças novinhas, digo, por volta dos três anos, soltando umas “palavras grandes” por aí. E será que isso vai mesmo lhes fazer mal? Será que isso as tornará crianças horríveis, daquelas que ninguém nem gosta de receber em casa? Tenho minhas dúvidas, sério mesmo!

Acho sim, que temos que discutir uma outra questão, que é o respeito ao outro, se vou a casa de alguém que não gosta de falar nem ouvir palavrões, então, normalmente não os falo, se vou a um lugar onde temos que manter um certo respeito a ocasião ou as pessoas presentes, mais uma vez acho que temos que “pegar leve”. Mas como explicar isso pra uma criança? Difícil não é? Dê o seu jeito, ao final sempre sabemos lídar com as situações mais estranhas e difíceis possíveis. Parece até que nós pais fomos feitos pra isso...

Não vejo o tal do falar palavrão, como falta de educação, ou pecado, como dizem alguns por aí... Vejo como liberdade de expressão, como uma reprodução, boa ou ruim (para alguns), de externar o que sentimos. Simples e fácil como “tomar sopa de minhoca”, natural “como a vida deve ser”.

E fico aqui, pensado, pensando e pensado: Será que não posso falar palavrão porque sou mulher, bonitinha, educadinha e tals? Ah não!!! Vocês acham mesmo que deixo de ser eu se não parar de falar palavrão (pelo menos na frente das ilustríssimas pessoas que tanto reclamam?). Pára gente! Não vou deixar de ser a bonitinha, educadinha, guerreirona, mãezona, profissional que sou, amável, respeitável e tudo mais, se continuar falando palavrões, só serei tudo isso sendo mais eu, mais liberta, menos reprimida... As pessoas precisam fazer um esforço muito grande pra entender isso?
Ninguém vai mudar o que é (feio, bonito, educado ou não, branco ou negro) por falar palavrão.

E se você, depois de ler tudo isso não concordar e não repensar as suas posturas só tenho a te falar uma coisa, básica, beeeem básica:

(Não fode né? Vocês me deixam de saco cheio! Vão a puta que te pariu e não me torra a paciência! Deixa de ser filho da puta, bando de escroto. Pára de infernizar a vida da galera e deixa o povo ser feliz! Vai tomar no meio do seu cú, alias, bem no meio do olho do seu cú, fico puta da vida em ter que conviver com tanta chatice! Parem com essa porra de preconceito...)

Ufa, pensaram que eu ia conseguir escrever esse blábláblá todo e não falar nenhum palavrão, não é?! Se enganaram... hehehe

A cada momento que escrevia sentia uma vontade pulsante de escrever um pavraozinho, por menor que fosse. Já não agüentava mais, estava a sofrer...

Agora foi... Falei!!! To massa, tranqüila, livre, leve e solta

E pra você que acha horrível, podre e mal educado falar palavrão, esse vídeo e dedicado única e exclusivamente a você ...

http://www.youtube.com/watch?v=NXVLC9_z5yk

Divirtam-se!!!! huahuahuahuaha

5 comentários:

Antônio Padilha disse...

Eita, Débora.. Nunca ouvi vc dizer um palavrão sequer! Sério mesmo!

Não tenho preconceito, claro! Acho q o importante é a comunicação, a compreensão da mensagem. Em alguns casos não é isso q ocorre, mas muitas vezes há formas mais precisas de se expressar..

=D

Anônimo disse...

Fala palavrão pq tem boca livre?? Acho que quis dizer boca suja!! XD

Agent Not Avaliable disse...

pow eu n acho q falar palavrões seja feio....
eu acho muito massa... tipo eu e meus amigos nos inspiramos no hermes e renato ...
eu adoro chimgau quanké bobo que passa de filho da puta desgrassado maconhero xera cola vilero inutil porra loka maconhero da desgrassa puto...
adoro manda os outros tomarem no cu...
tipo na minha cabeça eu n to xingando o cara mas sim to comprimentando ele...
ei n axo que filho da puta seja um palavrão eu apenas to falando que ele é um filho duma puta e puta é apenas o nome que se da a mulher q da em troca de dinheiro n vejo nada feio em ''falar a verdade'' ehehhehe ....
prontu falei tudo que tava entalado na minha gargando saushusah...

mas falow pu seis seus xera cola do caralho....

Fuiii.....

Telma disse...

Eu tbém falo muito palavrão e não considero liberdade de expressão, poesia ou arte como li em outros blogs por aí... Me sinto meio escravizada em não conseguir parar de dizê-los. Se eu realmente fosse livre, eu pararia quando quisesse, mas não consigo. Parece vício. Vc já tentou parar de falar palavrão? Vê se consegue. Aí depois posta outra bosta dizendo que é livre.

MAXXPLAN - Consultoria Empresarial disse...

Tem gente que se acha...
A quem interessar possa, procure entender no significado do termo "coprolalia".

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