quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Aos "barulhentos"

Certa manhã, meu pai, muito sábio, convidou-me a dar um passeio no bosque
e eu aceitei com prazer.
Ele se deteve numa clareira e, depois de um pequeno silêncio, me perguntou:
- Além do cantar dos pássaros, você está ouvindo mais alguma coisa?
Apurei os ouvidos alguns segundos e respondi:
- Estou ouvindo um barulho de carroça.
- Isso mesmo, é de uma carroça vazia...
Perguntei-lhe, então:
- Como o senhor sabe que a carroça está vazia, se ainda não a vimos?
- Ora - respondeu ele - é muito fácil saber se uma carroça está vazia por causa do barulho.
Quanto mais vazia a carroça, maior é o barulho que ela faz.
Tornei-me adulto, e até hoje, quando vejo uma pessoa falando demais,
tratando o próximo com grossura, prepotente, interrompendo a conversa
dos outros ou querendo demonstrar que é a dona da verdade,
tenho a impressão de ouvir a voz do meu pai, dizendo:
"Quanto mais vazia a carroça, maior é o barulho que ela faz"
(desconheço a autoria)

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

?

Por trás de suas absolutas verdades existem grandes mentiras...

Um dia as máscaras caem, cuide-se!!!

segunda-feira, 30 de junho de 2008

CONSPIRAÇÃO


Você conspirou!!!
A favor da minha paixão
e do meu amor.
Conspirou com o meu coração.

Não foi de lá nem de cá
Foi contra mim que você agiu.

Invertendo a solidão,
Trocando o sozinho pelo junto.
Me deixando torto
com a descoberta da sua armação.

E, por isso, eu digo, afirmo e declaro
Foi conspiração!
Ato de assalto aos meus sentimentos,
Surpresa de ação.

Atentado sórdido
Que me prendeu.
Assim desavisado
Ao teu lado.

Enrolado nos teus abraços
E coagido pelos teus beijos.

Constrangido
Aceitei a sentença
E as vezes até me declaro
Culpado!

Pra não dizer
Que também conspirei



Poesia que o Zé (meu grande amor), fez pra mim!!!

Zé, te amo como nunca havia imaginado amar alguém.

Sei que juntos somos mais fortes!!!

Obrigada por tanta dedicação...

domingo, 22 de junho de 2008

...

As vezes a felicidade me deixa triste...

As vezes a tristeza me deixa feliz...

As vezes a confusão me faz entender o sentido da vida!

domingo, 11 de maio de 2008

SER MÃE

Hoje me sinto muito mais mãe que ontem... E ao contrário do que alguns pensam por aí, não é pela quantidade e sim pela qualidade...

Os pequenininhos me ensinam coisas a toda hora, a todo minuto, a todo segundo. É por isso que não me conformo em perder nada na vidinha deles.

É muito engraçado, aprendi há pouco tempo que ser pai é um eterno apaixonar-se, mas, acredito que ser mãe também. (Eu sou vítima, em dose dupla disso. – se é que me entendem - )

O Luiz Fernando a cada dia mostra-se um menino mais “meu”, não no sentido de se posse, mas, no sentido de se parecer comigo e nem é físico (até porque ele é a cara do pai), e sim no sentido abstrato. Garotão sensível, chorão, amável, bem-humorado, atrapalhado e ansioso, o LF é amigo de todos. Menino de fala atropelada e apressada, cheio de mil gestos sempre, parece a versão “litte boy” de Débora Cruz. Muitas vezes com lágrimas nos olhos e sorriso nos lábios – tudo junto-, Luiz Fernando segue sua vida, sem querer estudar, ler ou escrever, o que ele quer da vida é ser feliz, afinal, parece não entender que ainda lhe restam bons e longos anos. Quer viver tudo agora, já, nesse momento, tudo ao mesmo tempo, de novo e outra vez...

A Júlia, criatura ímpar, cada dia me surpreende com suas colocações e questionamentos sobre o mundo. Ela pergunta tudo! Acho que isso lhe faz entender melhor o contexto que lhe cabe viver... Fala o que pode, na hora que pode e pra quem pode. Imita cada gesto meu, acha que os meus sapatos já cabem (tudo bem que calço sapatos de número 33, mas ela ainda não chegou lá), que meu cabelo tem a mesma cor do dela, que ser desastrada é uma questão que cabe a nós duas e diz até, que quando ficar maior quer que a bunda dela mexa para lá e para cá (ela acha bonitinho a minha bunda mexendo assim) enfim, coisas de Dona Júlia, figuraça! Emociona-me com palavras de carinho, apesar de parecer tão pouco preocupada com isso...

Esses filhotes me enchem de orgulho e me dão fôlego de vida a todo o momento.

Tenho muito a ensinar, mas tenho muito a aprender também. E acima de tudo tenho muito a agradecer pelo bem que eles fazem a minha vida...

Hoje, mais que ontem, acredito que os filhos nos ensinam a sermos pais e mães melhores, diariamente melhores.


Obrigada por estarem ao meu lado!!!


AMO VOCÊS!!!

sábado, 26 de abril de 2008

Chove chuva

Olá dona chuva,

Há quanto tempo não aparecia tão bravamente.
Saudades...

Você veio tão veloz e tão feroz que me deixou vários prejuízos.
Mas saibas que não guardo nenhum rancor, você me lavou a alma.

A alma estava há muito tempo esperando por uma chuvarada dessas...

Existia algo em mim que hoje não existe mais. Passou, assim, num passe de mágica, numa jato de chuva. Foi bom!

Sabe o que foi embora? Aquele sentimento de inferioridade, de culpa e o ódio no coração. Descobri, hoje, o que já devia ter descoberto há tempos...

Descobri que não tem mais jeito, foi perdido! Aquilo que achavam ser eterno, foi perdido... Por quê?

A resposta virá daqui uns anos...

E por isso, agradeço a chuva que me lavou o corpo, a alma e o coração.

Obrigada, mesmo, de verdade...

quarta-feira, 2 de abril de 2008

DISFARÇA


Disfarça, todos já sabem que você é uma farsa.
Sua cara é falsa, seu sorriso embaça, seus gestos mentem e o seu calar fala.
Seus olhos dizem o que sua boca não consegue dizer.
E tudo termina como começou...
Sendo a sua vida, o grande palco de mais uma de suas mentiras.

UMA HORA AS MÁSCARAS ACABAM CAINDO. NÃO TEM JEITO!

segunda-feira, 17 de março de 2008

É tudo muito difícil...

Há de se ter muito amor, tenho!
Há de se ter muita paciência, tenho!
Há de se ter muito companheirismo, tenho!
Há de se esperar que dias melhores virão, espero!
Há de ceder, cedo!
Há de sentir saudades, sinto!
Há de sorrir, sorriu!

Ainda assim, há que se agüentar, daí companheiro, acho que já não agüento...

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

A roda viva da vida


"Tem dias que a gente se sente como quem partiu ou morreu..."

Ou quem sabe está prestes a morrer, sei lá...

Ainda bem que a roda viva da vida existe, e o melhor de tudo isso é que ela, a roda, gira numa velocidade imrpessionante!

Hoje é um dia daqueles, vida nova, volta ao trabalho, semana cheia de acontecimentos, fofocas pra ouvir e pra contar, mas, é um dia que a roda deveria girar mais rápido. Um dia improdutivo, nublado, bege, um dia cor-de-burro-quando-foge, um dia que deveria passar tão rápido que nem a gente mesmo se aperceberia dele...

Hoje estou com saudades, inexplicavelmente e inevitavelmente, com saudades, saudades de quem já esteve na minha vida e foi embora... Saudades nem mesmo sei do que, mas era alguma coisa muito boa, que me fazia bem, que não me deixava insegura, com o coração palpitando de medo e sim de querer... É isso, saudades de quem não me dava medo, saudades de quem me abraçava, saudades fortes demais. Saudades e nada mais...


Roda vida, roda viva, eu quero que passe...

"Mas eis que chega a roda-viva
E carrega a saudade pra lá..."

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Minha dor


Tento escrever pra passar a dor!

Mas meus pensamentos são um verdadeiro vendaval, não respeitam a minha vontade de dizer o que penso e respeitam muito menos a dor que sinto...

Eles são egoístas, insistem em bater á minha porta, mas o problema é que são brutos, raivosos. Os pensamentos que me vêm são em forma de tornado, que destroem tudo, não deixam intactos nenhum bilhetinho escrito, nada que pudesse se aproveitar...

Os pensamentos não batem devagar, eles me agridem e me fazer pensar em coisas que nesse momento não gostaria. Me atrapalham...

E por enquanto vou seguindo, assim, cheia de mim e das minhas loucuras, dos meus pensamentos. E a dor que vou sentindo, também faz parte disso...

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

O QUE SOU


Sou a filha da mãe sem filha, a mãe do filho espetacular, os brinquedos que tive, brincadeiras que fiz, a estudante de administração que não se formará nesse curso, sou a ansiedade, os amores que vivi, os lugares onde andei, sou as gírias idosas, os amigos com quem dividi coisas sérias, as palavras fora de hora, sou Brasília e entorno, enfim, sou o que eu me lembrar.

Sou a paixão mal resolvida, as fazendas onde estive, a saudade que atordoa, o amor que não era verdadeiro, a neta mimada, os amigos que tive na Escola Adventista e em tantas outras, a saudade da convivência com o pai (e até com a mãe), sou a dor por ter perdido, sou o que vejo nas ruas, os orgasmos, as crises, a bebedeira, a palhaçada, a mulher dedicada, a música, sou saudade de tudo.

Sou o nó na garganta, o ciúme encubado, o corpo problemático, a filha única, os palavrões absurdos, eu sou tudo o que está no passado e o que possivelmente virá no presente - até o que eu não gostaria de ser-, sou a praia onde avistei o pôr-do-sol, sou a mãe da filha que não é minha, sou o beijo, a cara de pau, a desilusão, a revolta envolta, a sobrinha querida, a inveja.

Sou a prima brigona, o agradecimento, a frustração por não ter dado certo, sou Sobradinho, sou o barraco aprontado pelas noites afora, o amor mal amado, sou a vergonha, sou a doença curada, o ombro amigo, a foto guardada na lembrança, a filha doada, a meiguice que berra, a esposa que ama, a nora, as lágrimas que rolam, sou o ódio que tenho, sou a política, os amigos, os papéis, sou suor.

Sou o choro que escapa, a impotência diante de coisas que não posso mudar, a aversão a mentira, sou os pedaços que já juntaram de mim e os outros tantos que juntei de pessoas por aí, a mulher que grita forte, a grávida charmosa, aquilo que luto, sou os direitos que tenho – e os deveres também -, sou o que desnudo, sou dor, sou o que queimo, a casa da Vovó.

Não sou o que visto ou como, sou o que falo, escrevo, choro, o que leio e engulo, sou o que engasgo. Acima de tudo sou uma pessoa que só eu mesma consigo ver, mais ninguém... (Por mais que esteja exposto). Sou muito mais que tudo isso, muito mais!

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